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quarta-feira, 18 de maio de 2011

Testes e vacinas para o recém-nascido


mal nascem os bebês e eles já passam por testes

Enquanto o bebe não nasce é natural que a família se interesse em receber alguma orientação sobre o futuro acompanhamento neonatal. Geralmente eu encaminho o casal para uma consulta com o pediatra algumas semanas antes do parto, entretanto coloquei aqui algumas informações importantes, baseadas nas perguntas mais freqüentes que surgem no pré-Natal.

Quanto tempo o bebê permanece na maternidade com a mãe após o nascimento?
Geralmente a mamãe e o bebê recebem alta em até 48h após o parto normal ou cesariana.

Quais as vacinas que ele deve tomar ao nascer?
         Vacinas contra hepatite B e BCG. Algumas vezes o bebê recebe a vacina da hepatite B ainda na maternidade, outras ele a recebe no posto de saúde, como é o caso da BCG.

Que exames são realizados no bebê recém-nascido?
        São três testes: Teste da orelinha, Teste do reflexo vermelho, ambos realizados na maternidade ou no consultório e Teste do Pezinho, realizado nos postos de saúde ou em laboratório particular entre 3 e 7 dias de vida, não devendo passar de 30 dias.

O Teste de Triagem Auditiva (teste da orelinha) visa à detecção precoce da perda (total ou parcial) da audição. Esta perda, se não diagnosticada no início da vida, pode prejudicar o desenvolvimento da criança (principalmente da fala e da linguagem) e alterar seu comportamento. É importante ressaltar que a presença de vérnix ou secreções no canal auditivo, logo depois do nascimento, podem gerar alterações no resultado. Nestes casos o teste deve ser retardado ou repetido. 

O Teste do Reflexo Vermelho visa à detecção precoce da catarata congênita. Deve ser realizado, se possível, antes da alta da maternidade, ou pelo menos dentro da primeira semana de vida.
É um exame simples, realizado pelo pediatra ou neonatologista, utilizando-se um oftalmoscópio direto a uma distância de 20 a 30 cm do olho da criança. O exame é considerado normal quando se visualiza o reflexo vermelho através da pupila. A ausência do reflexo indica opacidade nos meios ópticos que deveriam estar transparentes e a criança deve ser encaminhada para consulta com o oftalmologista para confirmação do diagnóstico. A preocupação com o diagnóstico precoce se deve ao fato do tratamento apresentar melhores resultados quando realizado até o terceiro mês de vida do bebê. Caso esse teste não tenha sido realizado na maternidade, poderá ser feito ambulatorialmente. 

Teste do Pezinho: A triagem prevê o diagnóstico de quatro doenças principais: Hipotireoidismo Congênito, Fenilcetonúria, Hemoglobinopatias e Fibrose Cística. Os laboratórios particulares oferecem triagem para outras doenças, solicitadas pelo pediatra (teste ampliado).

Este ano o teste do pezinho completa 10 anos, mas infelizmente

40 mil crianças ainda não realizam esta triagem!!! principalmente na região Norte e Nordeste

(dados da Sociedade Brasileira de Pediatria).

Importante: o Teste do Pezinho é apenas um teste de triagem. Um resultado alterado não implica em diagnóstico definitivo de qualquer uma das doenças, necessitando, de exames confirmatórios.

Um pouco sobre estas doenças:

Fenilcetonúria (PKU) 

É uma doença causada pela ausência ou deficiência de uma enzima, levando ao acúmulo da substância fenilalanina no sangue e, conseqüentemente, a alterações no cérebro que causam atraso do desenvolvimento e retardo mental irreversível. O diagnóstico e início precoce de dieta com baixo teor de fenilalanina (presente em quase todos os alimentos) permitem à criança um desenvolvimento normal.


Hipotireoidismo Congênito (HC) 

O hipotireoidismo congênito é uma doença conseqüente da deficiência do hormônio tireoideano, causada principalmente pela localização anormal da tireóide ou pelo defeito na sua produção hormonal. Não é uma doença hereditária na maioria das vezes, e grande parte dos bebês nasce assintomática, daí a importância da realização universal do teste do pezinho, já que o tratamento deve ser iniciado precocemente (no máximo até a 4ª semana de vida), a fim de evitar alguma lesão neurológica, com prejuízo principalmente para a inteligência.


Doença Falciforme e outras Hemoglobinotopatias

A Doença Falciforme é uma das doenças hereditárias mais comuns, causada por uma alteração da hemoglobina presente nos glóbulos vermelhos do sangue, que diante de certas condições, muda sua forma normal (arredondada) para forma de foice (ou meia lua), daí o nome falciforme. Esse formato dificulta a circulação do sangue, causando obstrução dos vasos sanguíneos e crises de dor, anemia e icterícia (olhos amarelados), além de outros sintomas. Essas crianças são mais suscetíveis a infecções.

O diagnóstico precoce possibilita a prevenção de complicações graves, que consiste na administração de antibiótico, esquema especial de vacinação, suplementação com ácido fólico, além de acompanhamento clínico especializado.

A Anemia Falciforme ocorre quando a criança herda de ambos os pais o gene S da hemoglobina. Quando herda de apenas um dos pais, ela será portadora de Traço Falcêmico e não apresentará a doença, mas poderá transmiti-la para seus filhos.

Existem outras doenças causadas por alteração da hemoglobina.


Fonte: ministério da saúde, portal saúde.gov.br

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